Professor da área notarial do CPJUR comenta as dificuldades e a importância do concurso público da área
Faz parte dos seus planos construir sua vida profissional na área de Cartórios? Ou ao menos tem curiosidade por este campo? A carreira notarial tem os seus benefícios, no entanto, conquistar a aprovação em seus respectivos concursos requer muita dedicação dos candidatos.
“É uma área concorrida e, por algumas questões importantes, trata-se de um concurso diferente. É uma carreira extremamente respeitada na mundo jurídico. O tabelião, o notário, o registrador. Eles têm um prestígio muito grande na esfera do Direito”, conta Alberto Gentil, coordenador da área de Cartórios do Centro Preparatório Jurídico (CPJUR).
Esta diferença citada por ele existe por conta da concorrência. Na prova, são exigidos conhecimentos gerais, que também caem em outros concursos jurídicos, como Direito Civil, Penal, Administrativo, entre outras. Além, é claro, de matérias específicas: “registros civil, de imóveis, títulos, documentos e pessoas jurídicas, tabelionato de notas, lavratura de escrituras, procurações e por aí vai”, explica Gentil.
O concurso é composto por quatro fases:
- 1ª Fase: teste (prova com 100 questões de múltipla escolha);
- 2ª Fase: prova escrita (composta por questões, dissertação e uma peça prática);
- 3ª Fase: prova oral (exame oral do candidato sobre as principais matérias do edital);
- 4ª Fase: destinada à apresentação de títulos e documentos (lembrando que cursos de pós-graduação, mestrados e doutorados, além do tempo de atividade profissional são pontuados para obtenção da classificação final).
Afinal, o que faz alguém da área de Cartórios?
Para prestar o concurso, o candidato precisa ser formado em Direito ou ter ao menos dez anos de experiência como escrevente de Cartório, mesmo que não tenha o Ensino Superior completo.
Os serviços nesta área (notarial ou em registros públicos) são atividades de natureza pública. Poderiam ser executadas diretamente pelo Estado, mas por força do disposto no art. 236 da Carta Magna, são delegadas a particulares, que, uma vez concursados, passam a ser os titulares das serventias.
Existem diversos cartórios, cada um com a sua atribuição. Há o de registro de imóveis, em que são feitas matrículas, registros e averbações de atos relativos a imóveis; o de registro civis das pessoas naturais e de interdições e tutelas, em que acontecem desde casamentos a registros de nascimento, além de muitos outros.
O salário de um profissional da área
Não há uma remuneração fixa. Popularmente falando, ser titular de um cartório é como ser o administrador de uma empresa privada, só que fiscalizada pelo Poder Público. Então, o salário de um profissional da área vai depender da arrecadação de cada cartório.
Diferente de outras carreiras, em que a quantia é prevista no edital e, se você é aprovado em primeiro ou em último, receberá a mesma remuneração. Na área de Cartórios não é assim.
Por isso, não basta passar. Se você quiser um salário maior, precisará estar no topo da lista de aprovação.
“O primeiro colocado escolhe as melhores serventias, enquanto os últimos, as que não foram escolhidas antes. Por isso nós temos, às vezes, uma disparidade muito grande. O primeiro vai escolher um cartório que tem uma arrecadação anual de 20, 30 ou 40 milhões. Por outro lado, você tem os menores, com arrecadações que podem variar entre 10, 15 e 20 mil”, explica Gentil.
O CPJUR tem a meta de te ajudar a ser um dos melhores colocados nos mais diversos concursos de Cartórios do Brasil. O curso, coordenado pelo professor Alberto Gentil, trará todo o conteúdo necessário para a sua aprovação.
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Quem é Alberto Gentil
Gentil concluiu a sua graduação em Direito no início dos anos 2000. Mas, no início de tudo, poucas pessoas poderiam imaginar que o seu caminho fosse a carreira jurídica.
Desde os 6 anos, o então garoto começou a jogar tênis e não parou mais. Levou o esporte a sério e chegou a se profissionalizar. Até que a faculdade apareceu em seu caminho e as prioridades começaram a mudar.
“A carreira no tênis é difícil. Você precisa se dedicar, viajar sozinho, entender que os erros e acertos são todos seus. Por outro lado, é necessário ter muito talento e sorte. Eu era muito esforçado, bem dedicado, mas chegou um determinado momento que eu achei que não dava pra continuar”, explica.
Então, seu foco passou a ser o concurso da Magistratura. Ainda jovem tornou-se juiz assessor da Corregedoria e passou a trabalhar diretamente com registros públicos e cartórios.
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