Dos mais clássicos aos atuais: prepare a pipoca e o refrigerante
Quem não é amante de um bom longa-metragem? Pode ser melhor ainda se o tema for o mesmo da sua área de atuação, não? Depois de falarmos sobre algumas séries do meio jurídico, agora listamos oito filmes de Direito que todo estudante ou advogado deveria assistir.
Nosso top 8 vai dos clássicos aos mais atuais. De atores e diretores consagrados aos grandes astros do momento.
Amistad (1997)
Um filme dirigido por Steven Spielberg e baseado em fatos reais, Amistad se passa no período da escravidão, nos Estados Unidos, em 1839.
Uma rebelião acontece em um navio negreiro e os escravos assumem o controle. Com intenção de voltar para a África, eles são enganados por dois tripulantes e acabam parando em Connecticut, onde são presos.
O filme retrata todo o processo de julgamento do grupo, que é indicado pelo assassinato da tripulação. A trama envolve interesses políticos e gera discussão sobre posse, abolição e liberdade.
O destaque vai para Anthony Hopkins, que interpreta o ex-presidente John Quincy Adams, um abolicionista não-assumido. Ele abandona sua aposentadoria voluntária para defender os escravos no tribunal. A atuação foi digna de indicação ao Oscar como melhor ator.
Além de Hopkins, o elenco é formado por outros nomes renomados do cinema, como Morgan Freeman e Matthew McConaughey. Amistad foi indicado a quatro premiações no Oscar.
As Duas Faces de um Crime (1996)
Um arcebispo é assassinado com 78 facadas. A brutalidade do crime choca a cidade de Chicago. Principalmente por tudo levar a crer que o autor tenha sido um coroinha de 19 anos, interpretado por Edward Norton.
Com toda a cobertura da mídia no caso, Martin Vail (Richard Gere), um advogado bem sucedido que adora ser o centro das atenções, vê a oportunidade certa para se autopromover.
Ele aceita defender o jovem sem cobrar honorários, e na medida que vai investigando o caso, percebe que a verdade vai muito além do que se imagina.
12 Homens e uma Sentença (1957)
Um ótimo filme para a percepção da importância da hermenêutica jurídica, da argumentação e persuasão. Em 12 Homens e uma Sentença, do diretor Sidney Lumet, 12 jurados se reúnem para decidir qual será o veredito de um polêmico caso.
Um jovem porto-riquenho é acusado de matar o próprio pai em um crime brutal. Onze dos jurados têm a convicção de que ele é culpado, enquanto apenas um pede que uma melhor investigação aconteça para que a sentença seja correta.
No entanto, ele terá a difícil tarefa de convencer os demais.
Em 1997, o filme ganhou um remake, dirigido por William Friedkin, o mesmo diretor de filmes como ‘O Exorcista’. No entanto, a nova versão não agradou a maioria dos fãs como o original. Mas vale a audiência mesmo assim.
Justa Causa (1995)
Paul Armstrong (Sean Connery) é um conceituado professor de direito da Universidade de Harvard. Sem advogar há 25 anos, ele precisa voltar à ativa para defender um jovem da pena de morte.
Contra a resistência da polícia local, ele tenta obter provas que provem a inocência de Bobby Earl (Blair Underwood), um jovem negro acusado de ter estuprado e assassinado uma jovem de maneira brutal
As investigações mostram revelações surpreendentes.
Dirigido por Arne Glimcher, Justa Causa foi filmado na Universidade da Flórida.
Jogada de Gênio (2008)
Detroit, anos 60. Robert Kearns, um engenheiro e professor universitário, abre um processo judicial contra a Ford Motor Company pelo roubo de um invento de sua autoria – um limpador de para-brisas intermitente – que propiciou ao cartel da indústria automobilística ampliar ainda mais os seus lucros.
O caso, na época, desmoralizou a ‘tecnologia Ford’ e marcou tanto que ganhou um filme.
Dirigido por Marc Abraha, a trama mostra toda a determinação de Kearns (Greg Kinnear), que desafiou a todo custo a indústria automobilística americana, a fim de lutar por seus direitos e reconhecimento.
O filme também revela as mentiras, chantagens e o suborno por parte do monopólio americano na época.
Código de Honra (2011)
Lembra do Capitão América da Marvel? Ele também pode advogar nas horas vagas. Seu protagonista, o ator Chris Evans, interpreta Mike Weiss, no filme Código de Honra, dos diretores Adam e Mark Kassen.
Chris é um jovem advogado viciado em drogas que possui um escritório sem tanta fama ao lado do seu parceiro Paul Danziger (Mark Kassen).
A rotina da dupla muda quando assume o caso de Vicky Rogers (Vinessa Shaw), uma enfermeira infectada pelo vírus HIV por uma seringa usada.
Com a ajuda de um engenheiro, ela inventa uma agulha especial que se retrai em caso de introdução forçada, o que evitaria casos como o dela. No entanto, enquanto recebe negativas de compra da invenção por parte das fábricas farmacêuticas, ela e seu amigo descobrem diversos casos de corrupção.
É aí que Weiss & Dazinger entram em cena para levar o caso aos tribunais. Além de travarem a batalha judicial, também precisam lidar com seus problemas pessoais. Enquanto Danziger depende do seu trabalho para sustentar a família, Weiss se perde ainda mais em seu vício por cocaína.
O filme é baseado em uma história real e os dois advogados deram total apoio para que a sua batalha contra a empresa farmacêutica fosse parar nas telonas.
O Júri (2003)
Baseado no livro ‘The Runaway Jury’, de John Grisham, o filme é dirigido e produzido por Gary Fleder. O ambiente de um tribunal é mostrado de um ângulo diferente, pouco comum retratado nas telonas.
A trama retrata as ilegalidades que acontecem nos bastidores de um grande julgamento e na escolha dos jurados.
Sobre a história, uma viúva contrata Wendell Fohr (Dustin Hoffman) para representá-la em um processo na justiça, em que pede uma indenização milionária de uma empresa na qual ela culpa pela morte do marido.
Fohr, no entanto, precisa superar a malandragem de Rankin Fitch (Gene Hackman), um especialista em selecionar os jurados que favoreçam sua vitória.
O Mercador de Veneza (2004)
Um clássico. Dirigido por Michael Radfort, o filme é baseado na obra homônima de William Shakespeare.
Bassanio (Joseph Fiennes) pede o empréstimo de três mil ducados (dinheiro da época) ao amigo Antonio (Jeremy Irons), um homem nobre, mas que tem todo o seu dinheiro comprometido em empreendimentos no exterior.
Por isso, ele recorre a Shylock (Al Pacino), que empresta o valor, mas com uma condição: se o empréstimo não for pago em três meses, Antonio terá que dar um pedaço da sua própria carne a Shylock.
A situação de Antonio não fica boa e ele não consegue cumprir o prazo. Assim, o caso é levado à Corte para que seja definido se a condição será mesmo executada.
A trama permite recortes que vão desde o antissemitismo até os limites de uma decisão judicial.
Se você é um cinéfilo e apaixonado pelo mundo jurídico, provavelmente gosta de seriados também. Listamos 5 séries de Direito que prenderão você no final de semana em casa. Confira.
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